segunda-feira, janeiro 3

Pede

Virou-se, ele estava encostado à porta.
Ela ia lavar-se, tinham acabado de fazer amor.

Ele aproximou-se, deu-lhe um beijo no ombro descoberto.
Ajoelhou no chão frio junto dela:
- Eu lavo-te, disse.

Abriu a torneira, espalhou sabonete nas mãos e começou a espalha-la nas perna
dela, perto do joelho. Concentrado no acto de cobrir a pele com aquele tecido
de espuma, de não deixar nem um centímetro de pele a descoberto.
Fê-lo lentamente subindo numa perna depois na outra sem nunca se aproximar
das coxas, rodeando-as, evitando-as.

As mãos dele deslizavam, lavavam, acariciavam, eram prazer e expectativa.
Ela contraia cada vez que as mãos se aproximavam mais.

Ele disse:
- Pede.
- Lava-me...

Autoria da correspondente exclusiva do
Erotismo na Cidade: a Encandescente.
(Imagem via
Creamlog)

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