Ode à Ministra Ferreira Leite
Já eu não vou lá a gosto
Àquela carne indiigesta
Pelo que sei dela aposto
O lombo parecer da testa
Bicho duro como um corno
Não tem por onde se pegue
Mesmo assadinha no forno
Comê-la não se consegue
Carne dura e casca grossa
Pinta de bacalhau seco
Sugará o quanto possa
De tudo o que é badameco
Nã! Carne desta decomposta
Não me cheira e bem dispenso
E comê-la é má aposta
Faz-nos azia ao bom-senso
Vaca leiteira Ferreira
É de ordenha duvidosa
Dos mamilos da matreira
Só sai taxa venenosa
Aceitem um bom conselho
O melhor é exportá-la
Dá-la à Madeira onde o velho
Jardim poderá pastá-la
Assim se juntará a fome
À vontade de comer
E comendo-se um ao outro
Poderão desaparecer
Sem Ferreira e sem Jardim
Ficará terra de estalo
E o povo dirá por fim
Que a Madeira é um regalo
Vacas, mulas e cabrões
Não são bons para comer
De mamar tantos tostões
Ficam duros de roer...
(porOrca)
Sem comentários:
Enviar um comentário