Contra os Telefonemas Marados e Publicidade Manhosa – O Reverso da Medalha
“Posso ser desmancha-prazeres????Já fiz telemarketing bancário e também de sondagens. As meninas que falam do outro lado da linha são pagas para fazer aquilo...tem um número x de chamadas a efectuar e um racing diário de respostas obtidas. Não são parvas e sabem muito bem que por vezes incomodam, mas também ajudam aquelas pessoas que não falam com ninguém, nomeadamente as pessoas de idade... É um trabalho como outro qualquer e basta simpaticamente dizer: Compreendo que está a fazer o seu trabalho, mas não me é oportuno responder neste momento. Neste momento e nos próximos meses não estou interessada em adquirir nada por razões económicas , mas muita obrigada na mesma...Acreditem que do outro lado da linha também são pessoas...e entendem perfeitamente a mensagem.” (Su)
“Eu percebo a revolta geral contra os telefonemas destas empresas mas tento sempre colocar-me no lugar de quem está a telefonar, pois eles são simples empregados que cumprem com a sua função. Afinal qualquer um de nós tem uma função e temos de a cumprir mesmo que não seja do nosso agrado. O problema não está em que liga mas sim em quem manda. As ideias são boas e por isso educação com quem liga e manifestação contra quem manda!!!” (Daniela)
"No entanto acredito que do outro lado dessas linhas nem todos sejam mentes desvariradas, pervertidas e sanguinárias pelo nosso tempo, existindo também profissionais dedicados a quem calhou fazer um trabalho talvez um pouco menos grato, do ponto de vista do cliente. Seria decerto interessante ouvir a história que ELES têem para contar, pois sem dúvida que terão um acervo hilariante de histórias inverosímeis... Até porque, toda a realidade ten (pelo menos...) duas faces. Há por aí alguém que se acuse? Ou alguém que conheça alguém que trabalhe numa "coisa" dessas, e que queira arrastá-lo aqui para a Toca da Gotinha? Calculo que "mau mesmo" seja quem tem que se ver a fazer essa função sem nunca ter posto tal perspectiva na sua vida. Estou a lembrar-me nomeadamente dos funcionários bancários, os quais com esta mania de os bancos venderem tudo e mais alguma coisa, se vêem obrigados (e calculo que o termo não seja usado em sentido figurado) a estar a ligar para casa dos clientes para lhes venderem faqueiros, serviços de cristal, máquinas digitais Und so weiter!... Em alguns é perfeitamente perceptível o ar atrapalhado e desconfortável." (VanDerGraff)
“Se efectivamente não tivesse consideração pelos "telefonistas" - a maior parte deles, jovens à procura do 1.º emprego, desempregados ou alguém que precisa de outro biscate para poder sobreviver - que de certeza não estão a telefonar com um espirito sádico, só para nos dar cabo da "tola", responderia de outra forma. Limitar-me a adjectivá-los com um dos belos nomes da nossa língua e desligar, era mais do que suficiente. Ao dar-lhes uma resposta incongruente de certeza que ao fim do dia ou em conversa com os colegas pelo menos irão sorrir com o que ouviram. E se pelo menos sorrirem, porque houve "um Maluco" que lhes disse que não tinha telefone, já terá valido a pena. Plim!” (Tiko Woods)
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