Bebé a dormir. Uff... Hora de almoço! Estava eu entre uma garfada de Fusilli Tricolori e uma garfada de atum em lata (Risonho) quando decidi ligar a TV para “ver como ardia o país e o mundo”. Eis que sou visitada não pelo vermelho das chamas mas pelo vermelho de duas chacinas.
1) O atentado à sede da ONU, em que Sérgio Vieira de Mello tragicamente perde a vida. Lembro-me de Timor e das imagens de um Sérgio V. de Mello sempre sorridente. Um sorriso franco, honesto e limpo. Era um sorriso que não escondia artimanhas políticas. Parecia ser alguém que valia a pena conhecer.
2) A explosão de um carro em Jerusalém provocando a morte a cerca de duas dezenas de pessoas.
O horror entrou-me pela casa adentro. Pousei o garfo que tinha ficado a meio caminho entre o prato e a boca... o óleo do atum já pingava. Pingava também o sangue das vítimas. Era vermelho. Vermelho-vivo! Vivo que é o antónimo de morto! Morte que acontece todos os dias e que, por isso mesmo, corre o risco de se tornar banal e corriqueira.
A tarde passou a correr. À noite, recebi o mail de uma amiga minha que dizia “Já nasceu a Ana Inês com 3,555 Grs, e está bem de saúde.”
Sejas bem vinda a este mundo!
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