"Com o devido respeito pelos textos deste Blog e pelos professores. Mas não sou professor e:
- Não tenho hora de saída do trabalho (sai-se quando se pode);
- Não tenho hora de almoço (é quando calha e dá jeito);
- Por vezes trabalho ao fim de semana;
- Não ganho horas extraordinárias;
- Tenho uma vida profissionalmente pouco fácil e bastante exigente (concerteza como a de um professor, a quem louvo a profissão);
- Devido a contenção também não temos nem canetas, nem borrachas, nem agrafos, nem etc., etc., etc., (compramos nós);
- Também não há água (fazem-se "vaquinhas" e compram-se garrafas de litro para ter no escritório);
- Trabalho numa empresa pública, mas não tenho espirito de "funcionário público";
- Por isso não faço greves;
- Não me encosto;
- Não sou contra a reforma aos 65;
- Não sou contra o rigor, a exigência e a disciplina;
- Não sou contra o esforço;
- Não sou contra o trabalho;
- Não durmo descansado a pensar em direitos adquiridos;
- Não pertenço a nenhum sindicato, entidades que só defendem quem tudo, ou quase tudo, tem;
- Não ando nos corredores a queixar-me da vida;
- Não ando a carpir pelo patrão Estado que 'ainda' tenho (apesar de achar que é um péssimo patrão);
- Mudo de funções sempre que a gestão entender, adaptando-me às necessidades do mercado e da empresa;
- Mudo de colegas, de ambiente de trabalho e de edificio ao sabor das directrizes;
Às vezes parece que, vivo noutro mundo. Mas também me parece que o caminho da permanência, da estabilidade e dos direitos adquiridos para todo o sempre tem os dias contados. Não se veja com isto a exploração e o desrespeito pelo trabalho das pessoas. Sejamos mais activos e lutadores pela positiva. Deixemo-nos de fado!
O que está em causa é a atitude perante as dificuldades, as mudanças de cultura e uma quantidade de 'vícios' que se foram adquirindo ao longo dos tempos. Como referi, trabalho num empresa pública com milhares de trabalhadores, e:
- Há uma quantidade razoável de pessoas que pouco ou nada fazem. Algumas até têm biscates por fora e fazem todo o tipo de aldrabices para sair durante o horário normal de trabalho. Ganham o ordenado como as outras e vivem comodamente, à minha conta (que tenho que dividir o meu ordenado com elas), à sua conta, e à conta de todos Portugueses;
- Há uma quantidade razoável de pessoas que se escondem atrás dos sindicatos e da rigidez de um acordo de empresa caduco, também para nada fazerem ou conseguirem chular a empresa o mais que podem. Mais uma vez, estou eu e a Gotinha a pagar;
- Por outro lado a empresa, fruto da Gestão irregular ao sabor da cor dos governos e dos mais variados tachismos, encontra-se afastada da maioria dos seus colaboradores porque não os sabe gerir, motivar, envolver e promover os melhores. As empresas do estado promovem uma igualdade mediocre até à exaustão, com excepção de grupos restritos próximos da Gestão corrente.
Os professores, por exemplo - existe alguma distinção entre um excelente professor e um professor 'mais ou menos'? Têm prémios? Diferente salário? Há alguma coisa que motive o excelente professor, com excepção do amor à profissão?
Porque nunca se vêm manifestações a exigir ao Estado evoluções na Gestão de Recursos Humanos, com uma aproximação ao sector privado? Porque só se vêm manifestações sobre 'carreiras' (horror de palavra, já nem devia existir!), evoluções de 'carreiras', escalões' e parametros totalmente desajustados da realidade? Porque não são os próprios trabalhadores do estado a deixar de pactuar com os parasitas que por lá abundam e com quem a Gotinha e todos nós temos que dividir o ordenado? (e não me refiro ao corpo de Administradores, mas ao trabalhador comum?)
Como pode calcular, pensar assim e trabalhar numa empresa pública atribui-me uma 'resma de inimigos' considerável. Mas também me identifica com um grupo, cada vez maior, de pessoas que cada vez mais trabalham neste sector, que até aguardam pela privatização (só para se verem livres do Estado), que se estão nas tintas para os subsidios e direitos adquiridos e preferem os prémios e as promoções pelo resultado do trabalho. Há um 'fado choradinho' nos discursos dos FP que me parece mal orientado. E que prejudica os BONS FP que há e que nem se vêm, dada a malfadada imagem que lhes está associada."
Inconformado, "técnico de sistemas de informação e com 42 anos, portanto um pouco afastado do que se poderia considerar um 'jovem inconsciente que ainda não sabe o que isto é". (um leitor / comentador deste Blog)
- Não tenho hora de saída do trabalho (sai-se quando se pode);
- Não tenho hora de almoço (é quando calha e dá jeito);
- Por vezes trabalho ao fim de semana;
- Não ganho horas extraordinárias;
- Tenho uma vida profissionalmente pouco fácil e bastante exigente (concerteza como a de um professor, a quem louvo a profissão);
- Devido a contenção também não temos nem canetas, nem borrachas, nem agrafos, nem etc., etc., etc., (compramos nós);
- Também não há água (fazem-se "vaquinhas" e compram-se garrafas de litro para ter no escritório);
- Trabalho numa empresa pública, mas não tenho espirito de "funcionário público";
- Por isso não faço greves;
- Não me encosto;
- Não sou contra a reforma aos 65;
- Não sou contra o rigor, a exigência e a disciplina;
- Não sou contra o esforço;
- Não sou contra o trabalho;
- Não durmo descansado a pensar em direitos adquiridos;
- Não pertenço a nenhum sindicato, entidades que só defendem quem tudo, ou quase tudo, tem;
- Não ando nos corredores a queixar-me da vida;
- Não ando a carpir pelo patrão Estado que 'ainda' tenho (apesar de achar que é um péssimo patrão);
- Mudo de funções sempre que a gestão entender, adaptando-me às necessidades do mercado e da empresa;
- Mudo de colegas, de ambiente de trabalho e de edificio ao sabor das directrizes;
Às vezes parece que, vivo noutro mundo. Mas também me parece que o caminho da permanência, da estabilidade e dos direitos adquiridos para todo o sempre tem os dias contados. Não se veja com isto a exploração e o desrespeito pelo trabalho das pessoas. Sejamos mais activos e lutadores pela positiva. Deixemo-nos de fado!
O que está em causa é a atitude perante as dificuldades, as mudanças de cultura e uma quantidade de 'vícios' que se foram adquirindo ao longo dos tempos. Como referi, trabalho num empresa pública com milhares de trabalhadores, e:
- Há uma quantidade razoável de pessoas que pouco ou nada fazem. Algumas até têm biscates por fora e fazem todo o tipo de aldrabices para sair durante o horário normal de trabalho. Ganham o ordenado como as outras e vivem comodamente, à minha conta (que tenho que dividir o meu ordenado com elas), à sua conta, e à conta de todos Portugueses;
- Há uma quantidade razoável de pessoas que se escondem atrás dos sindicatos e da rigidez de um acordo de empresa caduco, também para nada fazerem ou conseguirem chular a empresa o mais que podem. Mais uma vez, estou eu e a Gotinha a pagar;
- Por outro lado a empresa, fruto da Gestão irregular ao sabor da cor dos governos e dos mais variados tachismos, encontra-se afastada da maioria dos seus colaboradores porque não os sabe gerir, motivar, envolver e promover os melhores. As empresas do estado promovem uma igualdade mediocre até à exaustão, com excepção de grupos restritos próximos da Gestão corrente.
Os professores, por exemplo - existe alguma distinção entre um excelente professor e um professor 'mais ou menos'? Têm prémios? Diferente salário? Há alguma coisa que motive o excelente professor, com excepção do amor à profissão?
Porque nunca se vêm manifestações a exigir ao Estado evoluções na Gestão de Recursos Humanos, com uma aproximação ao sector privado? Porque só se vêm manifestações sobre 'carreiras' (horror de palavra, já nem devia existir!), evoluções de 'carreiras', escalões' e parametros totalmente desajustados da realidade? Porque não são os próprios trabalhadores do estado a deixar de pactuar com os parasitas que por lá abundam e com quem a Gotinha e todos nós temos que dividir o ordenado? (e não me refiro ao corpo de Administradores, mas ao trabalhador comum?)
Como pode calcular, pensar assim e trabalhar numa empresa pública atribui-me uma 'resma de inimigos' considerável. Mas também me identifica com um grupo, cada vez maior, de pessoas que cada vez mais trabalham neste sector, que até aguardam pela privatização (só para se verem livres do Estado), que se estão nas tintas para os subsidios e direitos adquiridos e preferem os prémios e as promoções pelo resultado do trabalho. Há um 'fado choradinho' nos discursos dos FP que me parece mal orientado. E que prejudica os BONS FP que há e que nem se vêm, dada a malfadada imagem que lhes está associada."
Inconformado, "técnico de sistemas de informação e com 42 anos, portanto um pouco afastado do que se poderia considerar um 'jovem inconsciente que ainda não sabe o que isto é". (um leitor / comentador deste Blog)
Sem comentários:
Enviar um comentário