Ontem foi a reunião de encarregados de educação da sala do meu filho.
A primeira notícia foi a proibição no Agrupamento da ida do fotógrafo às escolas para realização das tradicionais fotografias. Todos nós temos as nossas fotografias nos bancos de escola, invariavelmente com o mapa de Portugal de fundo e sentadinhos numa carteira com um sorriso desdentado ou até a fotografia de grupo com todos os colegas e respectiva professora. Como é bom recordar...
Todos os encarregados de educação presentes na reunião ficaram perplexos pela novidade. A circular enviada pela Escola-Sede dava como argumentos a perturbação do funcionamento das aulas e a recusa à entrada de alguém na Escola com fins comerciais.
Estou perplexa e triste. Quero que o meu filho possa recordar a sua sala de aula. Quero que o meu filho possa recordar os colegas de turma. Quero que possa recordar a sua professora. Quero que o meu filho possa recordar o seu sorriso desdentado.
Os argumentos apresentados não me parecem ter fundamento suficiente para impedir a ida do fotógrafo à escola: se por um lado, entendo a perturbação, não a vejo como mais perturbadora do que as obras realizadas na escola, no início de Setembro, e que impediram a abertura em boas condições do ano lectivo; por outro lado, a questão comercial colocada nestes termos poderá inviabilizar a realização de uma feira do livro na escola (como aconteceu o ano lectivo anterior e com muito sucesso!!) ou até impedir a realização de uma visita de estudo. Na feira do livro há uma transacção comercial, correcto?! E na visita de estudo, não se paga um autocarro e não se pagam as entradas nos destinos seleccionados?! Mais uma vez, o dito comércio.
Poderão dizer-me que há Encarregados de Educação que podem não querer. É claro que há. E por isso, a escola contactava-os previamente no sentido de obter a autorização ou não na realização das fotografias. Eram mesmo sondados no sentido de permitir o seu educando a realizar a fotografia de grupo. Podiam e podem recusar. São livres de o fazer. E eu quero ser livre de poder escolher que o meu filho faça a fotografia. Nem que seja só ele e a professora. Caramba.
Pretendo contactar a Associação de Pais e mostrar o meu desagrado. Quero que eles transmitam o meu desagrado na expectativa de os fazer mudar de opinião. Estou com vontade e ânimo de avançar, caso as tentativas iniciais saiam goradas, com um abaixo-assinado (vontade expressa por todos os Encarregados de Educação presentes na reunião!) e quem sabe até contactar os órgãos de comunicação social.
E por aí há mais ideias?
O que fariam vocês?
O que me sugerem??