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A mão aberta no lençol.
O começo ainda. O despertar.
A mão aberta num gesto que dizia do início do prazer
A mão que se movia no lençol.
A mão que deslizava e acariciava lentamente.
Que traduzia o amor lento que faziam.
Que marcava o compasso dos corpos.
Os dedos que se fechavam e abriam diziam do prazer que se abria, que
despontava enquanto o fechava dentro dela.
A mão que parava de vez em quando.
As pausas no ritmo do amor.
De repente o acelerar dos gestos.
O procurar, segurar, agarrar.
O deslizar rápido, no lençol.
Os dedos que se apertavam com tanta força que a mão era punho.
A urgência no apertar dos dedos.
Convulsos, gritantes diziam do aproximar do orgasmo.
A mão parada.
Outra mão que a procurou e apertou.
Duas mãos juntas.
Libertação.
Paz.
Autoria da correspondente exclusiva do Erotismo na Cidade: a Encandescente.
Fotografia de Helmut Newton
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