Receita para uma Boa Terapia Relacional
Corpos quase nus, apenas com uma leve sugestão de peça de vestuário que "diga algo" ao parceiro/a e venha a provocar o riso e a ansiedade ao ser retirada; o revestimento (cremes, sumos, etc.) a utilizar será, também, a gosto das partes, mas abundante e, de preferência, por surpresa mútua - fazem-se delícias com leite-creme queimado, por exemplo; importa que seja lambível; não é despicienda a colocação estratégica de ostras muito frescas e comestíveis em várias partes anatómicas, que provoquem o arrepio e favoreçam a produção de sons de aspiração - os quais TÊM de ser audíveis; as ostras serão sempre acompanhadas com sumo de limão espremido no acto; rodelas de fruta muito fria e, de preferência, sumarenta podem intercalar com as ostras; é determinante a presença de um vinho branco, gelado, ou - e tanto melhor - de um espumante meio-seco ou bruto, aqui e ali vertido em cada corpo pelo outro/a, seguindo com os lábios qualquer percurso sinuoso do vinho, tentando impedir que encharque os lençóis; conter a consumação do acto sexual quase até ao ponto da dor; e, por fim, em lume brando até levantar fervura, amar, amar perdidamente!...

(sugestão do famoso Terapeuta-Culinarista Orca)

(fotografia gentilmente gamada do Bota Acima)