"Já quanto a saber o que é um “bom professor” confesso que agora, mais do que nunca, ando cheio de dúvidas.
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O que nunca me tinha ocorrido é que essa condição poderia estar dependente de leccionar uma dada e muito específica percentagem - digamos, assim por acaso, 95% - de aulas.
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Nunca pensei que em 709 aulas previstas para este ano lectivo poderei ser um bom professor, ou mesmo muito bom, se der 676, mas já só poderei ser considerado suficiente se apenas der 672.
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Não interessa se eu tiver formado óptimos alunos e futuros cidadãos; que nas provas de aferição eles tenham performances estonteantes e acima da média nacional, que tenha desempenhado as minhas missões administrativas a contento na Escola (podendo hipoteticamente ser de Director de Turma, ou Coordenador de Departamento ou isto ou aquilo); que os encarregados de educação me adorem sem excepção.
Se não der as 675 aulas determinadas pela fórmula mágica e me descuidar, tudo vai por água abaixo e “bom professor” terei logo a certeza de não ser. Pelo menos as minhas dúvidas terão fim."
Paulo Guinote
Se não der as 675 aulas determinadas pela fórmula mágica e me descuidar, tudo vai por água abaixo e “bom professor” terei logo a certeza de não ser. Pelo menos as minhas dúvidas terão fim."
Paulo Guinote
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