José Castelo Branco em entrevista à Revista "Caras" - A Saga Continua
Sou um bicho, um animal tão positivo, mas tão positivo, tenho uma fé tão grande e a minha tranquilidade era tal que sabia que era mais uma experiência".O que seria eu em Auschwitz, de Chanel! Que medo que tenho! Que pavor!"
Os presos foram de uma gentileza que não posso esquecer. Foram muito solidários. Aperceberam-se de toda a minha situação e, muito civilizadamente, arranjaram-me uma t-shirt para dormir e um prato com maçãs e kiwis. Achei tão apetitoso, tão amoroso."
Quando abri o pequeno closet da minha cela, que tinha dois cabides, dei um grito, porque o chão estava forrado com uma página do 24 Horas com uma fotografia da Betty. Achei tanta graça. Ao mesmo tempo pensei: 'Minha Betty, estás aqui comigo!" Ofereci toda a atribulação a Nosso Senhor pela conversão dos pecadores."
Vim cá para fora sem um creme, sem nada." Senti que este país, às vezes, não me merece. Eu podia dar tanto a Portugal como embaixador do nosso país que é lindíssimo e tem gente fantástica... Sou tão acarinhado lá fora e quando chego a Portugal levo com estes baldes de água fria. Neste país uma pessoa não pode ter glamour, não pode ser ela própria."
À última hora até tive que pedir no hotel para me coserem uns botões na camisa, porque nem tinha os meus botões de punho. Hoje venho um bocadinho despido de jóias e a Betty, coitadinha, também. Ela tinha umas peças maravilhosas para usar esta noite e, por causa desta situação, teve de repetir uma gargantilha que já tinha usado noutra festa cá em Portugal! E nem sequer tinha uns brincos próprios para pôr!"
Acabadinho de receber por mail.
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