domingo, dezembro 7

Quarteto

"Em suma: querem reverter o essencial das reformas postas em prática nesta legislatura. Não se trata de especulação, basta ouvir o que diz qualquer professor perante um microfone aberto. O Governo seria alvo da chacota nacional se pretendesse comprar a paz laboral no sector cedendo a essa agenda negocial.
Das duas, uma: ou os professores inviabilizam o processo da avaliação na maioria dos 1200 agrupamentos escolares, e é então a autoridade do Governo que é posta em causa; ou a versão simplificada vai-se enraizando e o movimento de protesto perde força. Um dos dois campos perderá, sempre, a face."
Editorial do
DN





"O alastramento do descontentamento entre os professores tem toda a razão de ser. O processo negocial, e de discussão pública, tem-se pautado por uma soberba sem limites, humilhando mesmo quem procura discutir, e resolver, um problema que cada vez é mais sério. (...)
Parece que no essencial estão de acordo as duas partes: os professores devem ser avaliados. Discutem os métodos. Estão em guerra por causa da forma e não por causa do conteúdo. E sendo certo que até o primeiro-ministro já reconheceu que a proposta que continua teimosamente a ser imposta é burocrática e ineficaz, não faz sentido que em vez de escutar o protesto e perceber a razoabilidade das coisas se venha dizer que o modelo até pode ser mau mas não se mexe em tal coisa até ao fim do ano lectivo. Se é mau, então que se lhe ponha termo o mais depressa possível. Isto não é sério. Nem é sério confundir o protesto de tantos milhares com o estafado argumento de que os professores que andam nisto querem boa vida.
Numa sociedade que se quer desenvolvida, os professores são o instrumento mais poderoso de transformação. A classe que mais de perto determina a capacidade, a formação e o desenvolvimento das nossas crianças. Deve, pela sua importância social, ser tratada com o respeito que a sua função merece e aquilo que temos vindo a assistir é a um processo de humilhação que não é razoável num Estado democrático. Não admira a situação de pré-insurreição que se vive. Alguma humildade democrática faria bem a esta maioria absoluta.
No caso dos professores, definitivamente o Ministério perdeu a razão."
Francisco Moita Flores in
Correio da Manhã






Estreou o filme "Amália", um filme que conta a história da fadista e diva do regime salazarento. A "The Voice", a "self-made woman" de um Portugal velho e cinzento. Hoje não temos uma Amália Rodrigues, mas temos uma Amelga Rodrigues, que contrariamente aos aplausos da outra, não há vaia que a tire do palco.

We Have Kaos in the Garden

Sem comentários:

Enviar um comentário