domingo, novembro 20

Comentários que Viram Posts - Direito de Resposta ao Inconformado

"Com as devidas ressalvas que o choradinho do (In)conformado merece tenho que o felicitar por ser um exemplo para o mundo inteiro e um modelo a ser apresentado em qualquer convenção de patrões. Aliás, até o aconselho a libertar-se de algumas regalias fúteis e desnecessárias que ainda tem, como sejam o direito à remuneração e aos períodos de descanso que abusivamente ainda ostenta.
Meu caro, há países onde infelizmente a escravatura ainda existe, aconselho-o a emigrar para lá porque seguramente será muito mais feliz do que aqui onde esta cambada de chulos (publicos e privados) acha que tem direito (e dever) de cumprir o seu horário, receber a sua remuneração, ter condições materiais para trabalhar, ter períodos para se alimentar, dias de descanso e para poder usufruir da família e da vida... enfim... coisas vergonhosas que bem podiam deixar de existir! Digo-lhe ainda mais, de tanto concordar consigo, acho que devia haver leis que permitissem aos patrões mandar chicotear os seus lacaios e servos da gleba, já pra não falar em tradições que infelizmente se perderam como aquela de o patrão/dono ter direito a passar a noite de núpcias com a noiva do escrav...perdão, do empregado.
Volta Salazar, estás perdoado!
E agora que já desabafei...
Sou a favor da avaliação, da progressão e promoção por mérito, de que quem mais trabalha e melhor o faça deva ser beneficiado. E alguém não está???
O problema é que muita gente fala da FP e esquece que nos privados apesar de os direitos e regalias serem muito mais heterogénios, também não se promove por mérito, nunca assim foi ou raramente assim é. Os compadrios, os favorecimentos, a promoção de afilhados incompetentes, a subida vertical com base em "trabalhos na horizontal", enfim... tudo isso acontece nas empresas privadas. Não me venham com balelas salazarentas. Em Portugal o sector privado não é melhor do que o público a nenhum nível, e é muito pior no que toca à abusiva exploração dos trabalhadores. Confunde-se muitas vezes a promoção por mérito com a promoção por lamber botas e dar o cú.
Querem mudar o sistema, vamos a isso, mas aprendendo com exemplos de países europeus civilizados onde os trabalhadores (mesmo os emigrantes portugueses que cá não servem porque são preguiçosos...) trabalham com gosto, fazem horas extras, esforçam-se até ao limite... mas têm regalias, bons sistemas de saúde, jardins de infancia para os filhos, são compensados devidamente, recebem salários justos, sabem que terão uma reformas dignas, e não têm patrões que em vez de modernizarem a empresa tornando-a mais competitiva e dar formação aos seus empregados para ser mais produtivos, empregam os lucros na compra de ferraris..."

Ilco: "tás a ver oh inconformado o vizinho ainda goza contigo"

"Não, ó Ilco, eu não o gozo. Quem goza com ele são os chulos que fazem dele um escravo e ele ainda aplaude... sem chicotadas nem nada!
Eu acho que ele, como todos, tem direito a ter hora de almoço, a ter horário de trabalho, a ter dias de descanso, a ser remunerado ou compensado pelo tempo extra, a que lhe dêem clips e borrachas e todo o material necessário para que realize o seu trabalho, e a ser tratado como ser humano que é. Eu sou trabalhador por conta de outrêm mas a minha esposa é empresária e tem empregadas, conheço bem ambas as vertentes e digo-vos uma coisa eu tinha VERGONHA se a minha esposa tratasse as empregadas abaixo de cão como, ao que parece, tratam o inconformado. Há muita gentinha que nasceu com meio século de atraso, devia era ter vivido no tempo da ditadura para saber dar valor a tudo o que se conquistou com a revolução. Mete-me nojo ver pessoas a defender a escravatura, é só isso.
Ser a favor da promocção por mérito e das avaliações (sempre que feitas objectivamente e com competência, sem favorecimentos nem cunhas), não significa que se aplauda o discurso repugnantemente salazarento do Conformado.
Já afirmei anteriormente que a mentalidade dos tugas é baseada na inveja, o problema não é querermos ter mais mas sim que os outros percam o que têm. O que os privados deviam exigir era condições dignas para si e não que os outros percam as que conquistaram. Se o Conformado gosta de ser tratado como escravo é problema dele, mas não queira que os outros também o sejam.
As respostas aos comentários dele foram deixadas no post respectivo mas devo dizer-te que a publicação em post destas barbaridades só podem ter um intuito irónico. Não te vejo a concordar com o corte nos direitos mais básicos dos trabalhadores (todos, não apenas os FP's) como sejam o horário de trabalho, pausa para refeições, realização de trabalho suplementar diário ou aos fins de semana sem qualquer remuneração, enfim... já nem vou falar de terem que ser os trabalhadores a comprar os materiais para executar o trabalho na empresa.
Mas está tudo louco ou quê ??????????
"

Por
Vizinho a quem tenho que pedir desculpa pelo atraso na publicação do seu direito de resposta.

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