quinta-feira, fevereiro 24

Se os ex-candidatos fossem donos de uma mercearia - Parte 1

Mercearia Lopes
Empregaria só mulheres. Existiriam um sem número de cartazes dizendo coisas como "Já viu quantas laranjas já vendemos esta semana?" ou "Já reparou que a mercearia está muito limpa?". Na entrada, um tapete com a cara de Sampaio permitiria às pessoas poder limpar os pés. Todos os meses tinham direito a uma festa: da batata, da cenoura, do agrião.... O gel para o cabelo era vendido mais barato e a música ambiente seria seleccionada pelo Dj da Kapital. Posters de incubadoras fariam o décor juntamente com um da equipa do Sporting que ganhou a taça na altura da presidência Santana. A mercearia não teria nem lucro nem prejuízo.

Mercearia Sócrates
Contrataria mais de vinte empregados. Far-se-iam estudos para saber que produtos vender. O plano tecnológico mudaria tudo: ao invés de uma máquina registadora, um computador com écran de flatscreen; substituindo os velhos preços em papel, écrans digitais mostrariam em vermelho vivo o preço do tomate; o aquecimento estaria a cargo de painéis solares, demonstrando uma política ambiental. Far-se-iam estudos sobre que produtos não vender. Apesar de ser uma mercearia de bairro, os empregados teriam formação em inglês, árabe e russo. Far-se-iam estudos para avaliar os estudos feitos previamente. Para pagar tudo isto recorrer-se-ia a empréstimos bancários, e, se necessário, seria adiado o pagamento aos fornecedores. Criar-se-ia uma comissão para decidir que estudos eram válidos. A decoração seria composta por posters de incineradoras e fotografias do próprio, sorrindo. Quando o dinheiro se esgotasse, e os bancos, os fornecedores e os empregados (nessa altura já cerca de 100) quisessem o seu dinheiro, Sócrates iria de férias para um sítio com pântanos, ou algo assim. O mais importante de tudo seria utilizar, junto dos clientes, expressões como "confiança" "responsabilizante" e "inglês no básico", mesmo quando estes apenas desejavam o preço da uva mijona.

(recebido via mail: desconheço o autor)

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