sexta-feira, janeiro 28

Alice, João

Alice, João.
A amiga apresentou-os assim, enquanto ela despia o casaco. A respiração dele no ouvido quando lhe beijou o rosto sobrepôs-se à música dos Skunk que tocava no bar, e quando descobriu o olhar dele soube. Aceitou o convite dele para a levar a casa.
"Vamos dar uma volta?", disse ele já sentado no carro, "Vamos" e afundou-se no banco ao lado dele.
Num semáforo vermelho da cidade adormecida ele estendeu a mão e tocou-lhe o rosto, fechou os olhos e roçou a pele naqueles dedos, virou-se e com a língua provou a palma da mão que a tocava, ele suspirou. Pousou a mão no colo dele, enquanto ele conduzia, sentindo, antecipando a dureza que a penetraria. Um local ermo, com arvores. Encostou-se ao carro e olhou-o, a mão dele na camisa dela desabotoando os botões que impediam chegar à pele. Sentia a saliva no peito, o vento nos cabelos o desejo no sexo. Ele levantou-a, deitou-a no banco de trás e subiu pelo corpo dela, até afundar o rosto ali, onde o desejo palpitava.
"Faz amor comigo" disse ela e arqueou o corpo quando ele lentamente entrou nela."Não venhas ainda, espera" disse arquejante quando sentiu que ele estava quase no orgasmo e amou-o só com os músculos do corpo em movimentos imperceptíveis até se esgotarem um no outro, um do outro. "
A minha mulher volta amanhã com as crianças" disse quando a deixou à porta de casa.

(Da correspondente exclusiva do Erotismo na Cidade: a Encandescente & Fotografia de Igor Amelkovich )

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