quinta-feira, maio 27

Ode à Ministra Ferreira Leite
Já eu não vou lá a gosto
Àquela carne indiigesta
Pelo que sei dela aposto
O lombo parecer da testa

Bicho duro como um corno
Não tem por onde se pegue
Mesmo assadinha no forno
Comê-la não se consegue

Carne dura e casca grossa
Pinta de bacalhau seco
Sugará o quanto possa
De tudo o que é badameco

Nã! Carne desta decomposta
Não me cheira e bem dispenso
E comê-la é má aposta
Faz-nos azia ao bom-senso

Vaca leiteira Ferreira
É de ordenha duvidosa
Dos mamilos da matreira
Só sai taxa venenosa

Aceitem um bom conselho
O melhor é exportá-la
Dá-la à Madeira onde o velho
Jardim poderá pastá-la


Assim se juntará a fome
À vontade de comer
E comendo-se um ao outro
Poderão desaparecer

Sem Ferreira e sem Jardim
Ficará terra de estalo
E o povo dirá por fim
Que a Madeira é um regalo


Vacas, mulas e cabrões
Não são bons para comer
De mamar tantos tostões
Ficam duros de roer...
(porOrca)

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